E assim a vida segue, nos mostrando quanto peso ainda insistimos em carregar. Coisas que não são nossas, e perdoe-me por falar de você, coisas que não são minhas. Falo de apertos, de laços apertados, de nó bem dado e até de nó cego. As vezes é preciso que vá e dê descanso para a corda que tanto segura aquilo que não dá conta. E neste espaço o alívio, para existir ela precisou soltar, se recostar na ponte e receber da chuva, do vento e sol aquilo que não precisa de esforço. Descobri então que na vida não é muito diferente da matéria, as vezes cansa e para não arrebentar, tem que soltar. Que existem cordas mais grossas para tal motivo e que a minha infelizmente não suporta. Essa foi a minha escolha, não segurar mais. Ainda assim entendo que é saudável algumas coisas irem, pois tem aberto novas possibilidades para a minha cansada corda, ela tem adorado o que tem descoberto. No pequeno e no simples. Novos cais, passagens que atracam, aportam, carregam e logo descarregam. Logo descarregam...
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