quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Uma ultima pra lembrar, querer e amar

Estava ela como sempre "na janela", pensando e refletindo sobre seu ano, sobre sua performance de saudades dele... sobre os quadros que gastou de tanto olhar e olhar e olhar. Ao ouvir um barulho estranho que se assemelha com cartas sendo colocadas na caixinha de correio. -EI! Não era semelhança não, é verdade! Chegou carta! Corre, desce, trupica, passa por cima, o cachorrinho vem atrás, o vento aumenta nos cabelos, mas ela não pode parar, até chegar. Pegou nas mãos e sente a energia correr entre os nervos que embaralha a "vista" se apoia na própria perna e lê o remente. Não pode ser! Ele teve tempo, ele escreveu... ele ele... ele, Paris! Eu preciso te ler.

Aproximo bem próximo dos olhos que já são próximos e deixo o cheiro e a letra bem próximo pra ficar próximo ao próximo suspiro. Se dá tão bem com as palavras, pena que escreve tão pouco, mas ainda bem que pouco que escreveu foi para mim. *.* E começa dizendo como ele é vago sem mim...
... como estou me sentindo sem uma das articulações, daquelas que pulsão, que vc sente que está vivo. Sinto saudade da música que ouço quando ao longe a sombra percebo que és tu. A falta que faz teu sorriso ao chegar e mencionar que este é pra sempre o seu lugar. Paz ao abraçar. Bocejo ao lembrar que as horas passam e niguém as percebe. Ao estilhaçar do riso bom atravessando meu corpo e me lembrando que a felicidade existe e se chama Helène, e esta depois do mar de mim, depois de águas sem mim. A dor que vem e se instala fazendo carícias na saudade e me deixando a beira do ermo destino, sem saber o que fazes, com quem andas, o que pensas e como tem entoado teu canto. Prefiro guardar meus risos, meus tons, meus ventos e timbres, minhas velhas manias pra quando você voltar, pra quando eu te ver outra vez, até lá não me desperdiço, não me desfaço, não me gasto. Apenas te espero. Como um sempre sonho bom. Despertas o que há de mais sagrado, uma pureza límpida com brilhantina, eu quero apresentar-te. Vejo você ao meu lado nas melhores ruas da minha lembrança, na ponte e seu olhar parado com o notre-dame, tenho um retrato seu no peito junto com o point zero... o ponto de tudo, o ponto da nossa história que nunca termina, que se escreve, que se lê, que se canta.. que se encanta, que eu canto, que eu te amo. E que te espero nessa temporada. No que se segue o envelope, sua passagem àerea, vem logo. E a outra bem, essa outra eu te explico aqui.

Envelopada de lágrimas, desfaço toda linha raçuda de pensamento que sobrou pensando que seria um tempo dificil, o presente do céu chegou, já me vejo descendo e pisando em minha terra, vou poder sair desta janela e reviver, vê-lo. Tê-lo. 

Preciso tomar uma atitude - arrumar as malas. E já agredecer o 2012. Será um bonito inicío.


Um bonito Início.


{Lembrando que este é apenas um dos romances em forma de contos separados que escrevo, crio, e reescrevo e as vezes apago também, e que muitas vezes não publico. Nada relacionado com minha vida ou com a experiência da minha vida, sempre partem da utopia da minha psique juntamente de mãos dadas, isso mesmo, com a imaginação e com a sede por histórias bonitas. Histórias de amor puro. Este ano foi de grande avaliação por permanecer aqui ou não, entre tantos vai ou fica, resolvi permanecer e a partir do ano que se seguirá manter ativo e constante o que de minha particularidade tem criado pernas, os contos, por fim, que venha em paz o que 2012 trouxer.}
Abraços muitos há quem sempre com gosto dá-se o prestigio de passar aqui.

Giane Monteiro, a que conseguiu abrir a gaveta.

2 comentários:

  1. Obrigado pela CORAGEM de abrir a gaveta! "Sempre com gosto dou-me o prestígio de passar aqui", não só pela beleza dos textos, mas pelo prazer de ver-te livre... é dádiva, não tem preço!

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